Irga RS divulga relatório atualizado da safra 2023/24 de arroz irrigado do Rio Grande do Sul

Mais de 20 mil hectares foram totalmente perdidos e outros 17 mil estão parcialmente submersos pelas águas das enchentes

08/05/2024 às 18:05 atualizado por João Pedro Flores - SBA | Siga-nos no Google News
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A colheita de arroz no Rio Grande do Sul, até o momento, chegou a 84% do total da área prevista e o que já foi colhido apresenta boa qualidade e produtividade, o que garante o abastecimento dos brasileiros.

De acordo com o Instituto Rio Grandende do Arroz (Irga), na safra 2023/2024 foram semeados 900.203 hectares de arroz irrigado, sendo colhidos até o momento 758.066 hectares, com uma produção total de 6.440.528 toneladas, restando 142.137 hectares para serem colhidos. Destes, 22.952 hectares estão totalmente perdidos e 17.903 hectares estão parcialmente submersos pelas águas, restando uma área de 101.309 hectares não atingidos pelas cheias. Dessas áreas perdidas, a maior parte se concentra na região central do Estado.

A estimativa de produção total do IRGA leva em consideração a produção já colhida até a presente data de 6.440.528 toneladas, somada a um cálculo estimado da produtividade de 7.000 kg para os 101.309 hectares restantes de área não atingidos pelas cheias. Ou seja, 7.000 kg x 101.309 ha = 709.163 toneladas, totalizando a produção estimada em 7.149.691 toneladas de arroz para a safra atual.

Segundo o presidente da entidade Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, dentro do que já foi colhido, se apresentam boas médias de produtividade. "Já temos um bom volume de arroz e mesmo que a gente tenha dificuldades na colheita deste saldo que falta colher, certamente o Rio Grande do Sul tem plenas condições de colher uma safra bem acima dos sete milhões de toneladas. Embora tenhamos este grande problema com relação à colheita do que falta, nós temos plenas condições de afirmar que nós não temos problemas com relação ao abastecimento do mercado interno", garante.

Conforme o dirigente, há um problema momentâneo de logística, principalmente na ligação com o interior do Rio Grande do Sul. "Mas a ligação com os grandes centros através da BR-101 está normal, temos bastante arroz para deslocar para as regiões centrais do Brasil. Então não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação. O Brasil é um grande produtor de arroz, a área aumentou aqui no Rio Grande do Sul, assim como em outros Estados produtores. Então não existe motivo algum para nós termos qualquer alerta com relação a problemas de abastecimento com relação ao arroz", avalia. 

Velho ressalta que este momento é de auxiliar os produtores, deixar baixar as águas para poder chegar nas lavouras e, desta forma, poder quantificar e ver realmente o tamanho do prejuízo.


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