Tempestades no RS afetam setores importantes da cidade e do campo

 Associações gaúchas de produtores afirmam que o desabastecimento é inevitável

06/05/2024 às 14:36 atualizado por João Pedro Flores - SBA | Siga-nos no Google News
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A tragédia histórica do Rio Grande do Sul, provocada por tempestades durante toda a semana passada, gerou inúmeros problemas nas cidades e no campo, área fundamental para manter o abastecimento de comida à população. Associações gaúchas de produtores afirmam que o desabastecimento é inevitável.

Os produtores de suínos informam que o acesso a fornecedores de ração para alimentar os animais ficou dificultado. O problema ocorre devido à destruição da infraestrutura de estradas, pontes e acesso às propriedades. As fábricas de ração estão concentradas principalmente na região do Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas pelas chuvas e enchentes. Grande parte das empresas instaladas nas regiões afetadas pela chuva anunciou a suspensão de atividades.

As entidades de produção do setor de proteína animal afirmam que o bloqueio de estradas afeta o processamento de alimentos. A projeção da Associação Gaúcha de Avicultura é a de que o reflexo deverá aparecer em breve nos supermercados, com redução da oferta. Um levantamento da associação indica 12 unidades com suspensão de um turno ou mais de abates. A entidade revela a impossibilidade de retirar a produção no campo. Outro problema é o drama dos funcionários, que enfrentam alagamentos e perdas onde vivem. Isso também contribui para o funcionamento precário das unidades.

Nas indústrias de lácteos, 40% do leite captado no Rio Grande do Sul têm problema de atraso, recebimento ou impossibilidade de coleta dos volumes nas propriedades. A informação é do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat RS).

Na safra de grãos do Rio Grande do Sul, os impactos começam a ser estimados. Segundo a Emater regional, faltam ser colhidos 25% das áreas de soja e 15% das áreas de milho. De uma estimativa de 30 milhões de toneladas que restam, os percentuais representam mais de 20 milhões de toneladas somente para a soja, segundo previsão feita em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


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